DIÁRIO MATUTINO INDEPENDENTE · Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 · dnoticiaslpt MADEIRA 1,30 € (IVA incl.) · Director: Ricardo Miguel Fernandes Oliveira Ano 149 · Nº 48973 · PORTE PAGO PUB SESARAM HÁ 14 MESES SEM ACESSO AOS RAIOS-X P.66 E 67 Pedro Reis vem ao evento marcado para 4 de Dezembro, no Savoy Palace P.80 PROJECTOS QUE UNEM GERAÇÕES No dia em que celebra 148 anos, o DIÁRIO dá a conhecer as acções em curso que reflectem a nossa contínua missão de informar e formar, iniciativas que nos conectam à comunidade e nos mantêm relevantes junto de vários tipos de públicos, para continuarmos a servir a sociedade madeirense. Num mundo em que os ‘media’ estão em constante mudança, estabelecemos hoje 10 compromissos para o próximo ano e lançamos desafio aos criativos, rumo aos 150 P.2 A 43 MINISTRO DA ECONOMIA É O ORADOR CONVIDADO DAS ‘500 MAIORES’ CRÍTICAS À REDUÇÃO DAS VERBAS PARA A REGIÃO VIA ORÇAMENTO DO ESTADO P.54 E 55
DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 2 Factos As grandes marcas de imprensa local e regional estão a enfrentar desafios significativos à medida que a tecnologia evolui, sendo obrigadas a adoptar várias estratégias para se manterem relevantes, alcançar novos públicos, especialmente os mais jovens, combater a desinformação e explorar a inteligência artificial. Eis algumas das mais frequentes. 1. Adaptação aos hábitos de consumo São muitos os que estão a dar prioridade à produção de conteúdos digitais, focados sobretudo nas plataformas móveis, já que os jovens consomem principalmente notícias através de smartphones. Para tal, importa investir em sites optimizados para dispositivos móveis, newsletters digitais e apps que permitem actualizações rápidas e personalizadas. Tamanha aposta passa ainda por intensificar a presença em plataformas sociais como Instagram, TikTok e YouTube para chegar a públicos mais jovens, através de vídeos curtos, histórias interactivas e podcasts para criar um formato mais acessível e envolvente para essa audiência. 2. Novos modelos de subscrição Com a diminuição das receitas publicitárias, muitos meios implementam ‘paywalls’ para conteúdos exclusivos. Oferecem pacotes de subscrição, que variam entre acesso ilimitado, newsletters premium e eventos exclusivos, atraindo leitoPode um jornal regional com quase 150 anos ser inovador? É incontornável que o seja Continuar a criar ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO Ricardo Miguel Oliveira Director Geral Editorial Nesta edição comemorativa dos 148 anos do DIÁRIO proporcionamos uma espécie de visita de estudo a todos quantos querem saber mais sobre aquilo que fazemos em cada dia, sempre norteados pelo princípio fundador pois, ao completarmos mais um ano de missão empenhada e duradoura nascida em 1876, assumimos de novo “pugnar sempre pelos superiores interesses do povo madeirense”. Esse é o foco permanente mesmo que vivamos em cada tempo desafios que exigem resposta imediata. E nesta era de ataque às democracias por via da desinformação, a maior parte espalhada com fins políticos, importa ser simultaneamente rigoroso e audaz, sério e corajoso, verdadeiro e irreverente, livre e autêntico, tanto mais que “combater esta desinformação e proteger a liberdade de imprensa são duas faces da mesma moeda”, como lembrou recentemente a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourová. A jornada festiva que homenageia os fundadores deste projecto dinâmico e todos quantos deram e dão o melhor de si por uma causa nobre que nos mantém vivos é também uma oportunidade para mostrar o que fazemos, o impacto e a relevância do matutino centenário na sociedade madeirense, por via dos diversos projectos em curso que reflectem a missão de informar, educar e conectar-se à comunidade, iniciativas que nos mantêm relevantes, rumo aos 150 anos. Hoje lembramos como fomos capazes de resistir ao tempo e às ameaças. Como com alma damos permanentemente nome às coisas, rosto às notícias e esperança ao povo. Como, sem perdermos o rumo, alimentamos o desejo de reforçar a relação de confiança com os leitores, com a diversidade de audiências que nos segue nos diferentes meios, consumindo conteúdos que surpreendem, seduzem novos nichos e interessam às pessoas. Como prestamos serviços a pensar nas imprescindíveis receitas e desenvolvemos iniciativas para que a felicidade de todas as gerações seja uma realidade. Como por via da verificação dos factos, capacitamos os cidadãos para que tenham competências mediáticas necessárias para aceder, compreender, analisar e avaliar a realidade. Tudo para continuarmos a ser DIÁRIO todos os dias, a qualquer hora e em qualquer local. Informando. Partilhando ideias. Promovendo eventos. Apresentando soluções. Robustecendo conteúdos. Inovando nos formatos. Privilegiando a estética. Tirando proveito de tecnologia. Editando obras de referência. Respondendo a solicitações. Cumprindo as leis e as obrigações. Premiando o mérito. Dinamizando aquilo que nos engrandece e reforça a democracia. Estamos gratos a quem nos dá de forma a liberdade para criar e manter vivo um jornal que é património da Região, assente num projecto editorial independente, transparente, plural e próximo, que atende à diversidade de conteúdos e de visões, e que acredita que o local é global. Esta é também uma edição com uma sala do futuro e com visão, pois mais do que seguir modas temos que continuar a criar tendências e ser referência no jornalismo de qualidade, na proximidade edificante e na comunicação social cúmplice das grandes causas. Tão ou mais importante do que saber o que é que as grandes marcas da imprensa local e regional espalhada pelo mundo andam a fazer para se manterem vivas, não perderem influência, tocarem nos mais novos, combaterem a desinformação e tirarem proveito da inteligência artificial é fazer junto dos nossos públicos aquilo que nos tornará imprescindíveis, mesmo que eventualmente contestados por uns e detestados por outros, mas seguramente admirados por muitos, sobretudo os que sabem que nunca vamos agradar quem convive mal com as liberdades. 148 anos depois, julgamos estar assim a contribuir para que o essencial não se perca, de modo que quem nos lê, vê ou ouve, e nos merece a maior estima, possa fazer escolhas conscientes em cada instante. EDITORIAL Ao serviço da diversidade res mais leais e financeiramente comprometidos. Há também quem adopte um modelo misto, em que parte do conteúdo é gratuito, embora os artigos mais aprofundados ou análises exclusivas são pagos, promovendo a qualidade e valorização da informação. 3. Adopção de formatos modernos Várias marcas lideraram o crescimento do jornalismo em formato de podcast, criando uma forma de consumir notícias, especialmente entre os públicos mais jovens. O formato podcast tornou-se uma tendência que agora é adoptada globalmente, integrando ‘storytelling’ detalhado com a conveniência da portabilidade. Em alta está também o formato ‘longform’, composto por artigos de base digital mais longos e visualmente interactivos. Este formato oferece uma experiência rica em termos visuais, com gráficos, vídeos e animações que contextualizam as histórias de maneira mais profunda e imersiva, diferenciando-se dos artigos breves de consumo rápido. Isto para não falar das transmissões ao vivo, do recurso às hashtags e às campanhas virais. 4. Combate à desinformação Vários meios têm vindo a desenvolver equipas de verificação de factos (fact-checking) para combater a disseminação de notícias falsas, ajudar a restaurar a confiança do público e promover iniciativas que educam os leitores sobre como identificar desinformação, aumentando a literacia digital das comunidades. 5. Exploração da Inteligência Artificial A IA está a ser usada para automatizar tarefas como a criação de artigos baseados em dados (resultados desportivos, eleições, relatórios financeiros), permitindo assim que os jornalistas se concentrem em reportagens, investigação e criatividade. As ferramentas de IA ajudam ainda a personalizar a experiência de leitura, oferecendo conteúdo adaptado aos interesses de cada utilizador com base em histórico de leitura e preferências, bem como ajudam a prever tendências de leitura, criando assim conteúdos mais alinhados com as expectativas e interesses dos leitores.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 3 6. Inovação e experiências imersivas Alguns meios estão a investir em tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para criar experiências de leitura interactivas e mais envolventes fisicamente, atraindo sobretudo os jovens. 7. Gamificação de conteúdos jornalísticos O conceito de “news games” – jogos baseados em notícias – é uma forma de atrair e fidelizar audiências sempre que são abordadas questões complexas. Um exemplo foi o jogo ‘Syrian Journey’ do BBC News, que simulava as decisões de um refugiado, ajudando o público a compreender a crise de refugiados de maneira interactiva. 8. Intensificação da cooperação Muitos meios locais estão a colaborar com congéneres regionais ou nacionais para partilha de recursos e criação de projectos jornalísticos mais robustos, ganhando alcance e relevância. Desta forma criaram tendência sociais e desempenharam um papel crucial em áreas como cobertura ambiental e de sustentabilidade, moldando a forma como a sociedade vê questões como as mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade. Esta cobertura ajudou a consolidar Para além do que nos diferencia em cada dia, o DIÁRIO estabelece hoje 10 compromissos para o nosso próximo ano l Continuar a criar tendências que nos tornam relevantes em diversas áreas. l Compilar e redistribuir conteúdos já publicados e que moram nos nossos arquivos. l Desenvolver acções de combate à iliteracia mediática. l Retomar o Encontro de Gerações. l Intensificar a produção de conteúdos D+. l Valorizar das ideias da nova geração. l Renovar plataforma digital e app. l Gamificar a actualidade. l Lançar assinaturas corporativas. l Alargar a panóplia de eventos. O QUE TENCIONAMOS FAZER? aos O tempo urge e 11 de Outubro de 2026 não tarda. Daí que o DIÁRIO desafie, desde já, os criadores e criativos madeirenses ou com a Madeira no coração nas diversas artes, desde a escultura ao desenho, do bordado à música, dos vídeos à escrita, da fotografia à publicidade a imortalizar os 150 anos da nossa existência. Aos que se juntarem a este projecto, depois faremos o devido acompanhamento da criação e culminaremos a odisseia criativa com uma exposição memorável e merecida mediatização. Os interessados devem inscrever-se através do mail [email protected], para o qual devem enviar a descrição do projecto e respectivos contactos. Desta forma damos mais um passo na operação progressiva da celebração de século e meio da história do DIÁRIO, a que se junta a atenção redobrada à informação que se quer acutilante, à qual adicionaremos novos espaços de análise e comentário e sobretudo projectos de cooperação no combate às iliteracias mediática e digital, bem como algumas novas rubricas com estética redobrada e rigor elementar, de modo que a nossa informação seja credível e útil, deciImortalizar os 150 anos da nossa existência é o propósito siva e indispensável, imparcial e independente. Tudo faremos para que a nossa marca continue a ser uma referência em múltiplas vertentes, geradora de confiança e de solidariedade junto dos públicos que serve, parceira dos fazedores, aliada dos negócios e dos serviços dos que estão activos na economia regional e dinamizadora de eventos que divirtam e formem os diversos nichos da nossa sociedade. Até 11 de Outubro de 2026 vamos continuar atentos à ‘Geração do futuro’, tendo em cada semana um testemunho de gente que, dando os primeiros passos na vida colectiva e não sendo muito famosa nesta altura, pode vir a dar que falar. Através de ideias disruptivas e vanguardistas, esta partilha generosa assinada pelo Rúben Santos que é publicada todos os domingos visa dar rumo à Madeira do futuro e posteriormente será parte integrante de uma grande obra a lançar no dia do 150.º aniversário. E como o destino quer que em 2026 sejam também celebrados os 50 anos da Autonomia, juntamos os dois momentos históricos e, em parceria com a Assembleia Legislativa da Madeira, vamos percorrer os perfis verdadeiros e feitos determinantes das figuras históricas da Autonomia madeirense nos últimos 50 anos, bem como os madeirenses ilustres e com mérito que se destacaram na era autonómica. R.M.O. DIÁRIO lança desafio a agenda verde como uma prioridade global. 9. Aposta no jornalismo de dados A ascensão do jornalismo de dados revela-se decisivo. Por permitir uma análise estatística com ‘storytelling’. Por facilitar a compreensão do que é complexo, desde eleições a pandemias. Por poder vir a influenciar tanto a forma como o público compreende as notícias como as decisões políticas e económicas que as sustentam. A inovação na apresentação por via de gráficos dinâmicos e mapas interactivos tendem a ajudar os públicos a compreender a actualidade em tempo real. 10. Investigação como motor de mudanças Há exemplos marcantes do imcriativos pacto do jornalismo na política e na opinião pública. Revelações como as que levaram à renúncia do presidente Nixon inspiraram uma nova era de jornalismo de investigação em todo o mundo, criando uma cultura de escrutínio político que persiste até hoje. É assim que nasce o movimento #MeToo, desencadeando uma onda global de denúncias de assédio sexual e abuso de poder, criando uma consciência sobre igualdade de género, direitos das mulheres e práticas laborais. Ou que o #BlackLivesMatter se afirma, ganhando expressão através de reportagens e partilhas nos meios de comunicação social, trazendo assim as questões de justiça social e racismo para o centro do debate global. Estas tendências criadas pela imprensa visam sobretudo transformar o modo como a informação é consumida, mas também moldam activamente novos rumos na sociedade e na cultura. Na prática, as estratégias a seguir pelos media combinadas com a capacidade de adaptação, com a abordagem ética no uso da IA e com o foco na qualidade da informação são pilares essenciais para que a confiança do público não se perca e revelam-se fundamentais para manter as marcas de imprensa locais e regionais vivas e vibrantes num contexto digital em constante mudança. R.M.O. tendências
4 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 Estão cada vez mais na moda e a razão é simples: são fáceis de ouvir, podem ser acedidos onde quer que esteja, através de telemóvel, tablet e computador, além de terem o potencial para ajudar a relaxar ao mesmo tempo que são informativos. Referimo-nos aos ‘podcasts’, um formato que se assemelha a um programa de rádio, alguns derivam mesmo da ‘telefonia’ do século XXI e o seu som ganha cada vez mais fãs, competindo com a imagem e vídeo da televisão e das redes sociais. Por serem um formato que permite uma ligação quase intimista com o ouvinte, são um dos veículos em ascensão em termos de engajamento com os vários públicos-alvo, já que existem ‘podcasts’ sobre vários temas, da política à economia, da juventude à cultura, entre outros. O DIÁRIO, que hoje celebra mais um aniversário e continua a trilhar o seu caminho para que, em 2026, possa comemorar os seus 150 anos em boa saúde, mantém a sua visão e missão intactas, numa dimensão cada vez mais multimédia. Do ponto de vista editorial, sem leitores, ouvintes, espectadores e internautas não haveria DIÁRIO. É para eles que a redacção do DIÁRIO trabalha todos os dias, em múltiplas frentes. Ora, neste âmbito, os ‘podcasts’ afiguram-se como mais um meio estratégico de conexão com vista a se manter relevante na sociedade madeirense, razão pela qual o DIÁRIO avançou, este ano, com o lançamento da plataforma especialmente dedicada a este novo formato, que poderá aceder através de podcasts.dnoticias.pt. E há uma data especial: 25 de Fevereiro de 2024. Este foi o dia que marcou o arranque auspicioso do formato ‘podcast’ no DIÁRIO, em vésperas de um acto eleitoral, as Regionais antecipadas, ‘gancho’ usado para lançar o ‘Porta-Voz’, um informativo e irreverente programa sazonal na TSF-Madeira que assim saltou para um plano maior. Quis o destino - leia-se escolha jornalística segundo os assuntos mais quentes do dia - que a primeira convidada do ‘Porta-Voz’ em formato ‘podcast’ fosse Sara Madalena, do CDS, ela que mais tarde viria também a protagonizar, juntamente com Liliana Rodrigues, professora universitária e ex-eurodeputada socialista, o ‘podcast’ do DIÁRIO e TSF-M, ‘O Descanso das Abelhas’, aquele que mais ‘plays’ (ou reproduções de áudio) tem. Mas já lá vamos. Antes, o DIÁRIO falou com Sara Madalena sobre a sua estreia, passe a redundância, na estreia dos ‘podcasts’ do DIÁRIO. Os ‘podcasts’ são um dos veículos em ascensão com maior potencial de engajamento com o público. O DIÁRIO estreou-se neste formato áudio a 25 de Fevereiro e passados oito meses já tem 11 ‘podcasts’ que alcançaram cerca de 45 mil ouvintes. As parcerias, a pertinência dos temas e a regularidade são chave para o sucesso JOÃO FILIPE PESTANA [email protected] ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO jeia-me, participar na génese de um formato que se tem mostrado um sucesso é motivador e compensador”, expressa Sara Madalena. “A liberdade de expressão, a liberdade de opinar, de aceder a vários públicos a quem poder aceder para transmitir mensagens é um privilégio e uma oportunidade imperdível”, remata. Como já referimos, Sara Madalena é, a par de Liliana Rodrigues, uma das protagonistas de ‘O Descanso das Abelhas’, que todas as semanas, às segunda-feiras, é emitido na TSF-M às 19 horas, podendo ser ouvido em ‘podcast’ quando e sempre que quiser. Até ao momento, este é o ‘podcast’, de um naipe de 11, com maior audiência, segundo dados analíticos do Departamento de Informática do DIÁRIO. Ao todo, os 11 ‘podcasts’ do DIÁRIO já alcançaram cerca de 45 mil ouvintes (saiba mais sobre cada um na caixa de destaque). Estes são os cinco ‘podcasts’ mais ouvidos: ‘O Descanso das Abelhas’, ‘Boa Noite’, ‘Debate da Semana’, ‘Palco TSF’ e ‘Porta-Voz’. Mas há mais para descobrir em podcasts.dnoticias.pt. Sobre o sucesso do ‘podcast’ que protagoniza com Liliana Rodrigues, Sara Madalena é directa: “‘O Descanso das Abelhas’ é “O ‘podcast’ é um meio moderno, arejado e transversal de transmitir ideias de uma forma irreverente, que tem vindo a ser cada vez mais adoptado por meios de comunicação tradicionais”, começa por contextualizar a agora deputada do CDS. “O DIÁRIO de Notícias da Madeira não é excepção, tendo iniciado a publicação deste formato no passado dia 25 de Fevereiro. Ter sido a primeira interveniente lisonDar ouvidos a quem sabe
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6 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 um formato despretensioso e acessível de análise da actualidade regional, nacional e mundial com uma pitada de bom humor e sarcasmo. Fazer parte da dupla das ‘abelhas’ é, só, o melhor momento da semana. Ser compatível com a Liliana, que ‘baptizou’ o programa em honra das abelhas que descansam no seu jardim, mesmo sendo de ideologias e formação distintas, origens geográficas e até percepções de vida distintas, faz com que seja possível duas ‘abelhas-rainha’ na mesma ‘colmeia’”, diz a também advogada de profissão. “O facto de sermos muito bem recebidas pelos técnicos também ajuda. O formato, modéstia à parte, tem se revelado um sucesso, ouvido e criticado por amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos e não será novidade passar na rua e ser chamada de ‘abelha’, um orgulho! Que sejamos abelhas por muitas e muitas colmeias!”, conclui Sara Madalena, entre risos. Aplicação no jornalismo O jornalismo é um dos sectores que mais rapidamente adoptaram o formato dos ‘podcasts’, reconhecendo o potencial para alcançar um público cada vez mais irrequieto - leia-se móvel - e digital. No início, o uso do ‘podcast’ no jornalismo limitava-se à reprodução de programas de rádio tradicionais. No entanto, à medida que o formato tem vindo a evoluir, o ‘podcast’ jornalístico adquiriu características próprias, diferenciando-se dos ‘media’ convencionais. Um dos maiores exemplos é o ‘The Daily’, produzido pelo The New York Times, que rapidamente se tornou um dos ‘podcasts’ jornalísticos mais populares do Mundo. O sucesso levou a que outros ‘media’ ‘imitassem’ e passassem a explorar o formato. BBC, CNN e muitos outros também começaram a produzir ‘podcasts’ próprios, adaptando seu conteúdo jornalístico para um formato que privilegia a mobilidade e a flexibilidade de consumo. Plataformas como Apple Podcasts, Spotify e Google Podcasts tornaram-se os principais meios de distribuição, ajudando a difundir esse novo formato de ‘media’. Os ‘podcasts’ jornalísticos não só informam, mas também educam e entretêm o público, oferecendo uma forma mais pessoal e directa de se conectar com as notícias. l ‘Porta-Voz’ - ‘Podcast’ sazonal que poderá ouvir sempre que há eleições na Madeira, algo que não tem faltado nos últimos tempos. Neste ‘podcast’ do DIÁRIO pode ouvir as palavras de ordem e os sons imprevisíveis, conselhos sábios e informações úteis. Estes são, por agora, os 11 ‘podcasts’ disponíveis no DIÁRIO, sendo que, em breve, este número vai aumentar. O 11 DO DIÁRIO… POR AGORA l ‘Debate da semana’ - António Trindade, Miguel de Sousa e Ricardo Vieira, alternadamente com Joaquim Sousa, Miguel Silva Gouveia e Pedro Coelho, reflectem sobre os grandes temas da actualidade. Há sempre espaço para picardias, saudáveis, é claro, mas também revelações e tomadas de posição. l O ‘Fecho de contas’ é um dos mais aguardados do mês. Trata-se de um ‘podcast’ com André Barreto, Cristina Pedra e Paulo Pereira, que analisam a economia regional. É um programa com emissão na TSF-Madeira depois do meio-dia, sempre na última sexta- -feira de cada mês. Dia 25 há mais. l ‘Peço a Palavra’ é um dos ‘podcasts’ mais recentes do DIÁRIO, sendo um espaço de debate sobre o universo do Ensino Superior e os seus estudantes. Numa parceria da Académica da Madeira e com a TSF-Madeira (100FM), o ‘Peço a Palavra’ discute variadíssimos temas, enquanto espaço em que o Ensino Superior, a Ciência e a Tecnologia estão em debate, porque os estudantes pediram a palavra. O seu nome tem origem na intervenção que tornou célebre o jovem líder estudantil em Coimbra, Alberto Martins, e espoletou a Crise Académica de 69. Trata-se de uma produção da TSF-Madeira (100FM) numa parceria com a Académica da Madeira, transmitida em directo, quinzenalmente às quartas-feiras e disponível em ‘podcast’, nas principais plataformas do mercado. l O ‘Boa Noite’ é bem mais do que um ‘até amanhã’ e do que mera pastilha para insónias. Agora, para além do comentário à actualidade que continua a surgir no D+ (conteúdo premium) do dnoticias.pt, Ricardo Miguel Oliveira, jornalista e director geral editorial do DIÁRIO, partilha uma curta reflexão antes que o dia acabe. Para ouvir antes da meia-noite. l ‘Palco TSF’ é um ‘podcast’, curto, mas directo ao assunto, com as sugestões culturais e as propostas de diversão que ganham voz na rádio 100FM. Celso Velosa faz a recolha e apresenta as sugestões. l ‘Temos que falar!’ é igualmente um dos mais recentes ‘podcasts’ do DIÁRIO, que ‘nasceu’ no final de Julho. Neste ‘podcast’, a saúde mental motiva a abordagem quinzenal da psicóloga Amanda Vieira. l ‘O que fazes pelo Planeta?’ integra o concurso ‘Semente Criativa’, uma iniciativa da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia e patrocinado pelo Centro Comercial Plaza Madeira. Neste concurso, pretende-se desafiar os alunos a analisar e reconhecer situações existentes na sua escola, na sua habitação ou região com um impacto negativo no meio ambiente, reflectindo sobre formas de resolução das mesmas, apresentando pequenas propostas exequíveis e passíveis de serem aplicadas. l ‘O descanso das abelhas’ é um ‘podcast’ com enorme regularidade. Todas as semanas, a segunda-feira abre com ferroadas ou mel, na TSF-Madeira, depois das 19 horas. Um programa de Liliana Rodrigues e Sara Madalena todas as segundas-feiras. Duas mulheres de garra e ferrão, se forem provocadas, claro. l No ‘Meia hora com o Ponto e Vírgula’, os alunos do ensino secundário são convidados a ser a voz das suas escolas e, durante 30 minutos, têm a oportunidade de difundir actividades, projectos, clubes, eventos e acontecimentos de interesse para comunidade, numa parceria com a TSF- -Madeira. l ‘Um dia na minha vida de estudante’ é o tema do ‘podcast’ que integra o concurso criativo ‘Grande Ideia’, uma iniciativa da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia em parceria com o DIÁRIO de Notícias da Madeira e patrocinado pelo Centro Comercial Plaza Madeira. Dá voz a jovens estudantes que partilham vivências e abordam realidades muitas vezes desconhecidas ou ignoradas pela sociedade. ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO
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8 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 Uma pausa acentuada, um convite à reflexão. É isto o ponto e vírgula, sinal de pontuação e é também o nome do projecto criado em 2015 dedicado aos alunos das escolas secundárias da Região, um espaço de criação e divulgação ao qual o DIÁRIO se associou e ainda hoje contribui para que chegue a mais pessoas. Trata-se de uma aposta clara nesta nova geração e mais uma forma deste jornal se aproximar dos estudantes. Marisa Romão, a coordenadora, define o ‘Ponto e Vírgula’ como “uma publicação de estudantes, para estudantes, que oferece conteúdos autênticos, escritos na primeira pessoa pelos alunos, com as reflexões e inquietações próprias da juventude”. Diz ainda que mostra o que de melhor é feito nas escolas que participam e que chega ao público em geral num suplemento de 16 páginas produziO projecto ‘Ponto e Vírgula’ tem permitido aos alunos do Secundário mostrarem talentos para além do currículo e ao DIÁRIO fazer eco destes trabalhos nas suas páginas PAULA HENRIQUES [email protected] Uma pausa ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO para dar largas à criatividade O ‘Ponto e Vírgula’ sai das escolas para a edição do DIÁRIO numa parceria que é para continuar.
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10 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 jecto ‘Ponto e Vírgula’, nestes oito anos colocou em competição 1.054 alunos de 15 escolas secundárias e divulgou 859 trabalhos em oito categorias. Todos os anos, a edição do ‘Ponto e Vírgula’ começa em Setembro com as reuniões nas escolas para apresentação da nova série, calendarização das actividades, definição dos novos temas e novas rubricas. Os contributos e críticas são tidos em conta e acolhidos com a introdução de alterações quando assim se justifica, diz a responsável. Também em Setembro são escolhidos os 30 correspondentes do PV das 15 escolas que depois têm uma manhã de formação. Entre os pontos altos do ano estão em Abril a escolha do projecto vencedor do conlhados temas como a ilustração, o vídeo, a fotografia, a reportagem, a escrita criativa, a investigação histórica e o ‘podcast’, dá conta Marisa Romão. Em nove edições, não contando com a que agora está a principiar, o ‘Ponto e Vírgula’ já envolveu 2.530 alunos, chegou a 30 escolas e a 224 professores. Promoveu 93 programas de rádio e em termos de publicações, o DIÁRIO possibilitou a publicação de 70 edições num total de 1.052 páginas. 56 capas do suplemento foram realizadas por alunos. Houve 45 jovens que neste tempo assumiram a função de editores das escolas da Região. Em relação ao concurso ‘Grande Ideia’, que começou no segundo ano do prodas pela Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia e publicadas neste matutino uma vez por mês, no período escolar. “Em 2015 surgiu a ideia de mostrar as escolas, como são e o que fazem, através dos olhos dos alunos. Por isso, criou-se um espaço onde podiam dar a sua opinião, partilhar as suas experiências”, revelou a coordenadora. Estes são trabalhos para além do currículo que dão aos estudantes do Secundário a oportunidade de aperfeiçoar competências como a comunicação, o espírito crítico, a organização de ideias e a argumentação. O projecto abrange vários formatos de escrita, bem como a ilustração, a fotografia e o vídeo. Destaca-se a vertente criativa de todo o processo e a participação activa dos alunos em cada edição. Neste ano lectivo 2024/2025, o ‘Ponto e Vírgula’ comemora dez anos. Começou por ser publicado em papel, formato que se mantém, mas além disso cresceu com uma edição no digital, chegou à rádio TSF-Madeira com o programa ‘Meia-hora do Ponto e Vírgula’ e apresenta-se ainda na versão ‘podcast’. À evolução em termos de plataformas, juntou-se o crescimento dos conteúdos. No segundo ano foi criado o concurso ‘Grande Ideia’ e mais recentemente o concurso ‘Todas as Flores que eu Sonhei’, este com o objectivo de criar um tapete de flores a expor durante a Festa da Flor. E não ficou por aqui. O projecto estendeu-se aos workshops ‘O PV vai à Escola’, onde chega aos alunos e são trabaESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO curso ‘Todas as Flores que eu Sonhei’ e a montagem do tapete de flores no centro comercial Plaza Madeira, parceiro também do ‘Ponto e Vírgula’; e no mês de Maio o apuramento dos vencedores das oito categorias do Concurso ‘Grande Ideia’. “A edição deste mês é o culminar do trabalho realizado durante o ano lectivo”, sublinha. A par da publicação da edição com os trabalhos vencedores e a sua exposição, os vencedores são também reconhecidos publicamente numa cerimónia na Quinta Magnólia onde são entregues os prémios aos melhores, com a presença dos alunos, professores, direcções executivas, parceiros e entidades oficiais. Marisa Romão diz que tem sido “gratificante” este percurso no ‘Ponto e Vírgula’, acredita que é um projecto consolidado nas escolas e acarinhado pela comunidade educativa. “Penso que o ‘Ponto e Vírgula’ é um caso de sucesso único no panorama nacional. Tem o potencial de despertar talentos, de dar visibilidade pública aos trabalhos e projectos escolares”. Para os parceiros e como projecto de longo prazo, continua, “mostra o valor que as parcerias, quando bem estruturadas, representam para todos os envolvidos”. A edição de 2024/2025 é uma edição de festa, uma década de ‘Ponto e Vírgula’. Para assinalar a data a coordenação foi à procura dos antigos alunos participantes. O objectivo é saber dos seus percursos e trazê-los às páginas deste projecto. Além disto está prevista uma exposição. Mas a responsável prefere não avançar muito mais nesta fase e guardar algum efeito-surpresa para os estudantes e leitores em geral. O ‘Ponto e Vírgula’ é um palco, um palco para possíveis escritores, fotógrafos, realizadores, ou simplesmente um palco para quem não querendo ser nada disto quer participar. E podem participar no suplemento com contributos nas áreas dos eventos; entrevistas; artigos de opinião; ilustração; sustentabilidade; tecnologia e inovação; vocação, formação e carreira; literacia financeira; e com dicas de saúde e bem-estar.
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12 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 bém promove um sentimento de união e celebração entre os membros da sociedade”. “Atrai tanto os amantes da música clássica como aqueles que procuram uma experiência festiva. A interpretação dos clássicos natalícios cria uma atmosfera mágica e nostálgica, que ressoa com os valores e tradições da época. Serve como um momento de partilha e de solidariedade, promovendo a ligação entre as pessoas. No último ano, incluímos uma iniciativa solidária, com a angariação de roupa e calçado para crianças de uma instituição local, reforçando o espírito de comunidade e a importância de nos ajudarmos uns aos outros, transformando, desta forma, o evento que deixa de ser apenas uma celebração da música, para ser também um verdadeiro símbolo de união e de esperança para todos”, sustentou. E é com satisfação que anuncia que os eventos abrangem todas as idades: “Surpreendentemente conseguimos atingir todas as faixas etárias, pois as iniciativas atingem segmentos distintos”, salientou, frisando que o principal objectivo é divulgar não só cultura, como também Os eventos culturais promovidos pelo DIÁRIO já fazem parte da agenda dos madeirenses. E, face ao ‘feedback’ dado, “geram satisfação, bem-estar e alegria junto de diversos públicos”. De acordo com a directora de Marketing do DIÁRIO, Susana Pimenta, isso leva o matutino a cumprir com a sua missão e visão, “não se limitando apenas a informar, mas também a formar e divertir”. “Trabalhamos com entusiasmo e seriedade nestas diversas frentes para melhorar a experiência das nossas audiências, mas também fazer com que os diversos nichos de mercado e diversos públicos tenham a oportunidade de ser felizes, consumindo informação de qualidade e divertindo-se com eventos diferentes e de alta qualidade”, disse, acrescentando que as iniciativas oferecidas “promovem a interacção social, celebram as tradições locais, fortalecem a identidade cultural e impulsionam o desenvolvimento económico”, sendo por isso “esperadas com muito entusiasmo”. E há duas que se destacam. Isto é, em termos de procura. São elas: Concertos da Banda do Panda e Amigos e de Natal, que se realizam no Funchal, Ribeira Brava e Porto Santo; e no Centro de Congressos, respectivamente. No que toca ao Concerto da Banda do Panda e Amigos, com produção da marca Lemon Entertainment e Canal Panda, numa organização conjunta com as câmaras municipais do Porto Santo, Funchal e Ribeira Brava, Susana Pimenta revela que este “tem uma importância significativa, pois oferece espaços seguros e divertidos onde os mais pequenos podem explorar, aprender e socializar”. Além disso, “a figura icónica, o Panda, é um símbolo de alegria e de imaginação, atraindo a atenção das crianças e criando memórias duradouras”. “É mágico e extraordinário observar a reacção de uma criança quando vê pela primeira vez uma personagem que ‘sai’ da televisão e ganha vida e corpo na vida real”, realçou a directora de Marketing do DIÁRIO, acrescentando que “este evento é sempre muito procurado todos os anos, porque proporciona experiências únicas que misturam o entretenimento e a educação”. De presença SANDRA S. GONÇALVES [email protected] Quanto ao Concerto de Natal, numa parceria com a Orquestra Clássica da Madeira, que se realiza “tradicionalmente duas semanas antes da Festa”, realça o facto de este ter uma importância significativa para a comunidade local, porque une a OCM com afamados cantores. E, nesse sentido, “não só proporciona uma experiência cultural rica e envolvente, como tamobrigatória possibilitar a vivência de emoções e experiências únicas. Este ano, além dos Concertos da Banda do Panda e Amigos e de Natal, realizou-se ainda o espectáculo de ‘Nina Toc Toc’, nos jardins do Porto de Recreio da Calheta, numa organização conjunta com a Câmara Municipal da Calheta; a Festa Luso- -venezuelana, na marginal da Ribeira Brava, numa co-organização entre o DIÁRIO e a Câmara Municipal da Ribeira Brava. E, neste mês de Outubro, nomeadamente a 19, no Centro de Congressos, subirá ao palco o ‘podcast’ da Antena 3 ‘Voz de Cama’, apresentado por Tânia Graça e Ana Markl. Para o ano há mais, culturalmente falando (ver agenda em destaque). De realçar ainda todos os eventos regionais aos quais o DIÁRIO se associa anualmente que são uma aposta ganha, a exemplo do Summer Opening, entre tantos outros. Público assíduo A prova de que as iniciativas deixam marcas é que o público regressa ano após ano, sendo um estímulo para continuar. “Temos muitas pessoas assíduas. O exemplo mais flagrante é termos assistido no Concerto do Panda de 2024 a casais que levam os seus filhos bebés ao colo e, depois, já os vemos pelas mãos dos seus pais. É um evento excepcional que atravessa gerações. O ‘feedback’ é comum e transversal a muitos eventos: “Nunca deixem de fazer isto”, uma frase que apela à nossa perseverança, à nossa resiliência e ao nosso compromisso, que nos desafia a reconhecer o valor intrínseco destas iniciativas e a continuar a praticá-las, indeESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO O Concerto da Banda do Panda costuma acontecer no mês de Junho. MIGUEL ESPADA/ASPRESS ‘Voz de Cama’ irá decorrer, a 19 de Outubro, no Centro de Congressos. São vários os eventos culturais promovidos pelo DIÁRIO que já fazem parte da agenda dos madeirenses. A proximidade com o público é fundamental para o sucesso de uma marca com 148 anos
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14 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 pendentemente das circunstâncias”, disse Susana Pimenta. Por tudo isto e muito mais, não restam dúvidas de que é fundamental esta proximidade do DIÁRIO com o público. “A criação de proximidade entre o DIÁRIO e os seus leitores e restante público é um aspecto fundamental para o sucesso e sustentabilidade da organização a longo prazo e não é por acaso que hoje celebramos os 148 anos de existência. Se por um lado a criação de uma relação de proximidade envolve um vínculo profundo que contribui para a confiança, lealdade e identificação do leitor com a marca, por outro, promove um ambiente de confiança e transparência. Considero, inclusivamente, que se trata de uma das estratégias de gestão para a construção de uma relação recíproca e duradoura”, referiu para depois acrescentar: “Os leitores tendem a escopapel crucial no sucesso e na diferenciação das organizações, sendo um factor determinante para criar experiências marcantes, atrair participantes e manter a relevância num mercado cada vez mais competitivo. No contexto actual, onde as expectativas do público evoluem rapidamente e as novas tecnologias surgem a um ritmo acelerado, onde a concorrência é intensa, a capacidade de inovar tornou-se essencial para garantir que um evento se destaque e alcance os seus objectivos estratégicos”, opinou. Parcerias fundamentais Todo este processo não seria possível sem as parcerias e os apoios, que são cruciais. “As parcerias e os apoios são, sem dúvida, fundamentais para a concretização de projectos de sucesso, especialmente em áreas que exigem uma coordenação de recursos, competências e conhecimentos diversificados, como os eventos. A colaboração entre as várias entidades permite alcançar objectivos mais ambiciosos, optimizar recursos e gerar valor de forma mais eficiente e eficaz. No caso de eventos, as parcerias e os apoios contribuem para assegurar um financiamento adequado, alargar a rede de contactos, aumentar a visibilidade e, em última instância, criar experiências mais ricas e diferenciadoras”, explicou. E acrescentou: “As parcerias estratégicas proporcionam o acesso a recursos financeiros e materiais que, de outra forma, poderiam estar fora do alcance de um único promotor. Patrocínios de empresas, apoios institucionais e colaborações com entidades do sector permitem aliviar o peso financeiro da organização e garantem a disponibilidade de infra-estruturas e equipamentos necessários para a realização do evento”. De acordo com a directora de Marketing do DIÁRIO, estas parcerias e apoios “também são importantes para expandir a rede de contactos e aumentar a visibilidade do evento”. “Quando uma empresa ou instituição se associa a um projecto, essa colaboração serve como uma validação externa, conferindo maior credibilidade e confiança. Além disso, cada parceiro traz consigo a sua própria audiência e rede de contactos, contribuindo para a promoção do evento e alargando o seu alcance”, justificou, frisando que “parcerias bem-sucedidas tendem a evoluir para colaborações mais duradouras, gerando confiança mútua e abrindo portas para oportunidades adicionais, um factor determinante para garantir a sustentabilidade e o crescimento de uma organização, uma vez que a capacidade de mobilizar apoios repetidos ou de atrair novos parceiros é um indicador de sucesso e estabilidade”. Susana Pimenta concluiu dizendo que estes “são pilares fundamentais para a concretização de projectos, não apenas pelo suporte financeiro que oferecem, mas também pela complementaridade de competências, pelo aumento de visibilidade e pelo fortalecimento de redes de colaboração”. “Através destas colaborações, é possível transformar um projecto ambicioso numa realidade bem-sucedida e impactante, maximizando o valor gerado para todos os envolvidos”, rematou. O Concerto de Natal realiza-se em Dezembro, para assinalar a Festa. FOTO MIGUEL ESPADA/ASPRESS O espectáculo de ‘Nina Toc Toc’ levou muitos à Calheta no mês de Junho. FOTO HÉLDER SANTOS/ASPRESS l Concerto da Banda do Panda no Funchal, Ribeira Brava e Porto Santo; l Festa Luso Venezuelana na marginal da Ribeira Brava; l Espectáculos, incluindo quatro peças de teatro, dois musicais infantis e dois concertos; l Concerto de Natal no Centro de Congressos em parceria com a Orquestra Clássica da Madeira. Susana Pimenta DIRECTORA DE MARKETING DO DIÁRIO TOME NOTA PARA 2025 l´João Abel de Freitas é um dos espectadores assíduos do Concerto de Natal, evento que se realiza fruto de uma parceria entre o DIÁRIO e a Orquestra Clássica da Madeira. Para o empresário madeirense, é obrigatório assistir ao espectáculo. E, por isso, este é um dos que aponta na sua agenda e na da sua família. “A época é bem escolhida e os eventos têm sido de muita qualidade, diferenciando-se por isso. O do ano passado foi de altíssimo nível, não ficando atrás dos que costumam acontecer em Londres”, disse, enaltecendo o talento da OCM, assim como de Micaela Abreu e de FF, que, nessa altura, nomeadamente a 16 de Dezembro, esgotaram o Centro de Congressos da Madeira. Este ano, ainda não foram anunciadas as novidades, no que diz respeito aos cantores convidados. João Abel de Freitas está expectante para descobrir quem serão os convidados deste espectáculo. “Não estou ansioso, mas na expectativa de saber quem irá actuar desta vez com a Orquestra Clássica da Madeira”, referiu. O empresário considera “muito interessante” esta junção da OCM com cantores de topo. E, por isso, sugere este concerto a qualquer pessoa. CONCERTOS DE NATAL TÊM “MUITA QUALIDADE” lher meios com os quais têm uma maior relação de confiança e onde sentem que a sua opinião é valorizada. Assim, uma comunicação clara, honesta e consistente fortalece a nossa imagem, tornando-se mais resistente e imperecível”. Ainda que haja eventos fixos anuais, é importante ter em conta o factor novidade. Isto para cativar os diferentes públicos e continuar a projectar a marca. “A Madeira e o Porto Santo proliferam em eventos, na sua maioria na área da música. Aliás, assistimos a isso este último Verão, com todos os concelhos a apresentar cartazes com artistas incríveis e todos eles praticamente esgotados. Por isso é que a inovação é importante. A inovação em eventos desempenha um ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO
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16 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 RESERVADO leitores Há mais de 30 anos que os leitores do DIÁRIO têm um espaço reservado para fazer publicar os seus textos. Há regras, mas há também liberdade para que cada um possa fazer passar a sua mensagem. As Cartas do Leitor já fazem parte da identidade do nosso matutino. Todos os dias está reservada, pelo menos, uma página para que possam ser partilhadas mensagens de agradecimento, críticas, desabafos, opiniões ou até para que possam ser dadas a conhecer diversas histórias. Na mesma página há espaço para a fotografia e para os pormenores mais ou menos inusitados que se encontram no dia-a-dia. O ‘FlagranAs Cartas do Leitor ganharam espaço com o passar dos anos e hoje marcam uma das ligações com quem nos lê, a par das redes sociais e do dnoticias.pt ANDREIA DIAS FERRO [email protected] te’ dá conta de imagens que nos chamam à atenção, pormenores que podem passar despercebidos ou algo tão inusitado que, mesmo ‘às claras’ vale a pena divulgar. A verdade é que a proximidade com os leitores aumentou com o incremento do on-line. O nosso site disponibiliza um espaço para que se possa deixar comentários às notícias publicadas, o que reúne muita participação ao longo do dia. De qualquer das formas, é feita uma mediação dos comentários, por forma a evitar impropérios. Fomos então falar com alguns daqueles que mais assiduamente escrevem nas nossas páginas e no nosso site. São leitores que aceitaram partilhar este dia de aniversário com o DIÁRIO. ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO para os l Quem também não perde a oportunidade de comentar as notícias on-line do DIÁRIO é Edgar Silva. Inicialmente, começou a partilhar a sua opinião através das Cartas do Leitor, num tempo em que ainda não havia redes socais. O que as plataformas digitais trouxeram foi uma maior rapidez na partilha dos comentários, sem necessidade de se escrever uma carta e proceder ao seu envio, esperando ainda que a mesma fosse publicada. Habitualmente, os comentários que faz são no nosso site, mas também nas redes sociais, principalmente em notícias relacionadas com a política e com Saúde, os temas que lhe despertam mais interesse. Para Edgar Silva, os comentários acabam por ser uma espécie de complemento à informação, bem como uma forma de demonstrar ao jornalista que a mensagem passou. “Cria-se como que um diálogo entre quem escreveu a notícia e quem está a comentar”, considera o nosso leitor, acrescentando que a possibilidade de dar a sua opinião “torna o espaço média mais interactivo”. O leitor dá conta de que, nas redes, podemos encontrar a mesma notícia contada de perspectivas diferentes, graças aos vários órgãos de comunicação social disponíveis nesse suporte, pelo que considera ser um ponto positivo. Para Edgar Silva, “os meios de comunicação social estão a voltar a ficar como antigamente, com o ‘lápis azul’, como quando havia um regime ditatorial em que os governos gostavam de dominar a informação. Isso acontece em todo o lado”. Por isso, sabe que, quando comenta uma notícia, não deve fazer juízos de valor, principalmente quando “se reage a quente”. “Ainda bem que há possibilidade de fazermos comentários”, considera. “Cada tempo tem os seus acontecimentos e, em retrospectiva, o DIÁRIO tem evoluído bastante”, assume Edgar Silva, considerando que “é um marco na Região na transmissão de informação e de dar a conhecer problemas que interessam à população”. “Deve evoluir sempre para aquele patamar em que a liberdade de imprensa não pode ser ferida de nenhuma forma”, indica, acrescentando que o trabalho deve ser sempre focado na verdade, trazendo vantagens para uma sociedade evoluída e civilizada. EDGAR SILVA do DIÁRIO
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18 DIÁRIO DE NOTÍCIAS Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024 PUB l Daniela Luís é uma das leitoras que mais contribuem com comentários no site do DIÁRIO. Admite que começou a fazê-los há relativamente pouco tempo. Os comentários surgem quando considera o tema pertinente, algumas vezes para “valorizar os conteúdos”, outras para “rectificar”. Questionada sobre a edição em papel, assume que costuma aproveitar as suas visitas ao Funchal para passar nas lojas do DIÁRIO, comprar o nosso matutino e beber um café. Quanto aos comentários no site e DANIELA LUÍS redes sociais, considera que muitos servem para “largar frustrações”, mas que há sempre aqueles que apresentam opiniões construtivas. Além disso, considera os comentários dos leitores dão um bom mote para outros artigos, como por exemplo aqueles que se inserem na rubrica ‘Fact-check’, que permite ‘tirar a limpo’ algumas das afirmações e mitos que, muitas vezes, surgem nas redes sociais. Ao DIÁRIO, neste dia de aniversário, espera que “continue a fazer o seu belo trabalho”. ANTÓNIO FREITAS l António Freitas estima que desde há 5 anos começou a comentar on-line as notícias publicadas pelo DIÁRIO. Admite que gosta de “saber um pouco de tudo”. No entanto, é “óbvio que existem temas que me chamam mais à atenção seja pelo seu conteúdo e/ou desenvolvimento, seja por questões relacionadas com o estado do governo, sendo os mais interessantes e preocupantes, estes últimos que têm vindo à praça pública”. O leitor considera a secção das Cartas do Leitor como sendo “extremamente útil, dado que o leitor pode expressar a sua opinião sobre determinado assunto, que o incomode ou simplesmente partilhar a sua opinião”. “Lamento é que nem sempre tenha o efeito desejado por quem escreve a quem se dirige”, admite. António Freitas revela-se um leitor assíduo do nosso matutino, seja no suporte impresso ou no digital, onde as notícias são actualizadas constantemente. “Esta secção possui uma relevância particularmente especial ao nível da imprensa e constituiu uns dos poucos dispositivos disponíveis para a participação do leitor, em tempos em que a liberdade de expressão está mais «afoita» que nunca”, indica o leitor. A sua mensagem de aniversário é contundente: “Que continue a ser isento, correcto, credível e informativo como desde 1876 e que nunca se deixe intimidar pelos galos no poleiro. Feliz aniversário DN-Madeira”. RICARDO FARIA l Ricardo Faria é um dos leitores que mais colabora para ‘dar cor’ à página denominada Cartas do Leitor, que conta diariamente com um ‘Flagrante’. O nosso leitor enviou a primeira fotografia para o DIÁRIO há anos, quando ainda a rubrica se chamava ‘Pormenor da Semana’ e até dava prémios às melhores capturas. Vales de desconto e outros brindes incentivavam a participação dos madeirenses. Foi ‘um gostinho’ que ficou. Desde então é já “um hábito” querer registar pormenores ou captar algo “que até é fácil de resolver”, mas que demora por parte da tutela. Dos muitos flagrantes que já nos enviou recorda um referente à falta de lombas junto a uma escola. Esse problema, segundo Ricardo Faria, já tinha sido reportado à Câmara Municipal, sem que obtivesse qualquer solução. Na semana em que foi publicado como flagrante, a lomba foi montada e, desde aí, garante, a segurança foi reforçada com a diminuição da velocidade a que circulavam os carros junto do estabelecimento de ensino. Questionado se tem por hábito já olhar as coisas e ponderar enviar para o flagrante, admite que sim, embora tente ser sempre “alguma coisa com lógica” e não algo tirado ao acaso. Aliás, acredita que muitas das imagens demonstram “em que estado está a inteligência emocional do ser humano”. ESPECIAL 148 ANOS DIÁRIO
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